O médico Armando
Freitas da Rocha, professor de neurofisiologia da Universidade
Estadual de Campinas (Unicamp), resolveu colocar em prática seu lado
empresário às vésperas da aposentadoria acadêmica, em 1997.
Apresentou, então, à FAPESP um projeto para desenvolvimento de um
software com jogos educativos destinados a estimular e avaliar o
desempenho escolar e a atividade neurológica de crianças portadoras
de deficiência mental. Ele foi um dos pioneiros do Programa Inovação
Tecnológica em Pequenas Empresas (PIPE) |
O software
revelou-se melhor do que o esperado. Ele é uma ferramenta útil para
acelerar o processo de aprendizagem não só de crianças com problemas
neurológicos, mas também de qualquer aluno entre a pré-escola e a
quarta série. “Isso ficou claro para nós no meio do projeto, quando
vimos que o programa também pode ajudar no ensino dos estudantes em
geral”, afirma Rocha, que, depois de se aposentar da Unicamp em
1998, passou a trabalhar como professor visitante do Departamento de
Patologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São
Paulo |
aprovada no PIPE
e iniciou o trabalho em janeiro de 1998. Depois de 27 anos dedicados
à pesquisa básica, ele encontrou um novo caminho para continuar seu
trabalho.
“Parecia que o programa (PIPE) tinha sido
feito exatamente para mim”, relembra o
neurofisiologista.
Ele deu o mesmo nome do projeto ao
produto que está indo para o mercado: ENSCER – Sistema Informatizado
e Integrado para Ensino e Avaliação do Progresso Pedagógico e Neural
de Crianças Portadoras de Deficiência
Mental. |