Fizemos em 2004 uma avaliação sobre o histórico de gestação, primeira infância e desempenho escolar de alunos matriculados no Ensino Fundamental e na Educação Infantil de escolas com alto índice de vulnerabilidade social. Dessa avaliação, aqueles que se enquadravam em um perfil de distúrbio de aprendizagem ou comportamento foram selecionados para o estudo neuro-cognitivo. Incluiu-se ainda no estudo irmãos dos alunos desse grupo.
O trabalho nessas escolas é realizado através de reuniões quinzenais com os professores. Inicialmente, discute-se a caracterização das crianças consideradas incluídas ou com distúrbios de aprendizagem. Numa primeira etapa, o professor indica os casos que tem em sala de aula e justifica essa indicação. Na etapa seguinte, cada criança é avaliada com a utilização do sistema ENSCER® de atividades informatizadas, enquanto tem seu eletroencefalograma registrado. Na última etapa do processo, os resultados obtidos nessa avaliação cognitiva e funcional são confrontados com aqueles disponibilizados pela professora, e uma caracterização final do desenvolvimento cognitivo da criança é estabelecida. A partir dessa caracterização, discute-se a prática em sala de aula com cada professor, com o objetivo de obter o melhor progresso de cada criança.