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Capacitação Profissional

Contrato de Conduta Social >>> Para ver o Contrato, Clique Aqui!

Com os resultados alcançados a partir do trabalho de capacitação e acompanhamento dos professores e alunos das escolas incluídas no programa Aprendendo a Aprender, chegamos à conclusão, em conjunto com os professores, diretores e profissionais da secretaria, que se tornou necessário um planejamento global e continuado do conteúdo e metodologia a ser aplicado nas séries da Educação Infantil e do Ensino Fundamental. Os professores tornaram-se capazes de identificar as etapas do aprendizado cerebral de cada aluno a partir de uma avaliação do rendimento de suas atividades ao longo do ano e compreender, assim, que cada aluno terá o seu próprio ritmo, principalmente aqueles com distúrbios de aprendizagem. Esse planejamento global e continuado visa criar uma estrutura que facilite ao professor manipular as variações dos alunos e elaborar suas atividades em função da avaliação do desenvolvimento cognitivo de cada um. O objetivo é criar uma programação ao longo da pré-escola e dos primeiros quatro anos do Ensino Fundamental, onde as metas de conhecimento para cada série estarão bem definidas e o conteúdo de todas as séries estarão coerentes com as demais.

Outra conclusão decorrente da conscientização dos professores acerca dos distúrbios de comportamento como hiperatividade e déficit de atenção foi a necessidade de se criar um conjunto de regras a serem adotadas como medidas de ensino ao comportamento desses alunos. Passamos a chamar essas regras de Contrato de Conduta Social. Como pesquisas recentes têm mostrado, crianças hiperativas com ataques de impulsividade tendem a melhorar seu comportamento quando são submetidas a uma série de regras bem definidas que procuram estimulá-los a agirem de acordo com o esperado, ao invés de unicamente puni-los pelo mau comportamento.O sistema de recompensa/punição deve ser muito bem discutida e implementada como regra geral e de conhecimento de todos os membros da escola, alunos, professores e funcionários e deve privilegiar a recompensa como meio de melhora da autoestima da criança.

Durante o ano de 2005, discutiu-se com os professores e implementou-se o Contrato de Conduta Social, cujo conteúdo está em anexo (Clique Aqui).

Segundo as estatísticas mais recentes, as crianças com Distúrbios de Aprendizagem e Comportamento devem constituir cerca de 10% dos alunos matriculados na rede municipal e nas escolas Dr. Álvaro e Professora Etelvina esse número chega a 30%. Essas crianças enfrentam um problema muito sério de adaptação escolar, uma vez que as dificuldades na alfabetização ou os problemas de comportamento, acabam por dificultar sua aceitação por parte dos professores e muitas vezes dos próprios colegas. Isso as coloca em Risco de Exclusão Social.

O homem é um animal eminentemente social, e cada um de nós partilha inúmeras identidades sociais, dentro de cada um dos grupos nos quais nos inserimos durante as diversas etapas da vida. Para a criança, a identidade social na escola é, ao lado de sua identidade na família, um dos vínculos mais importantes para seu pleno desenvolvimento como cidadão.

Quando a dificuldade de aprendizagem, que decorre de uma disfunção cerebral, não é adequadamente identificada pelo professor e considerada para a análise do desenvolvimento da criança, o aluno é em geral visto como burro ou como mau. Os seus problemas de comportamento ao invés de serem identificados e utilizados como indicadores da disfunção cerebral a ser considerada, são encarados como respostas agressivas e desafiadora da autoridade do professor. Estabelece-se então um conflito de autoridade, que impede a integração do aluno na escola e o desenvolvimento de uma de suas mais importante identidades sociais. Essa falta de uma identificação social na escola pode levar a criança à evasão.

Todos esses aspectos foram discutidos com os professores e dessa discussão, construiu-se um texto, denominado Contrato de Conduta Social, para orientar as relações sociais na escola entre alunos, professores e funcionários, que visa a apoiar e não excluir a criança com dificuldades de aprendizagem e comportamento.

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