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Capacitação Profissional

Resultado do Atendimento nas Escolas em: 2004 (Clique Aqui) - 2005

EM Profa Etelvina Cáfaro Salustiano e CCII Prof. Takao Ikeda.

Durante o ano de 2004, a Escola Municipal Professora Etelvina Cáfaro Salustiano enfrentou um problema sério de adaptação de professores ao trabalho diferenciado que os alunos daquela escola exigem em decorrência do alto índice de distúrbios de aprendizagem e comportamento, decorrentes da uma herança genética e ambiental. Uma das classes experimentou a troca de 4 professores.

Quando iniciamos o trabalho, em maio de 2005, a Escola Municipal Professora Etelvina Cáfaro Salustiano enfrentava uma crise importante de relacionamento entre professores e a direção da escola, além dos problemas de integração de alguns professores novos na instituição. Era patente uma diferença de comportamento entre o grupo de professores do período da manhã, quando comparado àquele comportamento do grupo de professores do período da tarde. Esses últimos mostravam uma maior integração dos seus projetos de ação. Já havia sido iniciado o trabalho dos monitores de arte, dança e música.

A discussão e implementação do Contrato de Conduta Social modificou o quadro encontrado em maio.

Sistema de Monitoria

Depois de um ano de trabalho, o sistema de monitoria em artes, dança e música mostrou um resultado bom, mostrando que os objetivos iniciais foram alcançados, embora a dinâmica finalmente implantada tenha diferido daquela inicialmente imaginada. A idéia de favorecer a participação das crianças com distúrbios de aprendizado foi considerada discriminativa, e por isso deixada de lado.

Rendimento Escolar

O rendimento escolar é mostrado nos gráficos abaixo, que comparam a aprovação nos anos 2004/2005 e também a reprovação em 2005 e essa reprovação considerando a aprovação em nível aceitável em 2004 (R-AA).

Aprovação 2004/2005
Reprovação em 2005 (R) e considerando a retenção esperada em função dos alunos aprovados em 2004 com aceitação mínima de conteúdo (R-AA)

O índice de aprovação em 2005 foi melhor do que em 2004 para a 3a série, idêntica para a 2a série e inferior para as 1a e 4a séries. Deve-se ressaltar que as 1a e 4a séries foram ministradas no período da manhã e as 2a e 3a séries o foram no período da tarde. A instabilidade de relacionamento entre professores e direção no primeiro semestre parece ter influído no resultado, uma vez que a estabilidade do relacionamento entre os professores da tarde foi maior que entre os da manhã. Um fato a ser ressaltado é que a maioria dos professores do período da tarde já são professores da instituição a mais tempo, enquanto que a maioria dos professores do período da manhã são “novatos” na escola. Esse fato, mostra que o professor necessita de um período para melhor se adaptar às exigências de trabalho com um grupo de crianças com maior risco de exclusão social.

Os índices de reprovação foram afetados, como esperado, pela aprovação de crianças com um nível mínimo de conteúdo, para respeitar uma progressão escolar que não crie diferenças etárias importantes. Espera-se que as crianças com mais dificuldades de aprendizagem necessitem de um tempo maior para cumprir o programa do primeiro ciclo, e portanto, aquelas que sejam promovidas em nível aceitável (AA) em um ano tenham maior probabilidade de serem retidas no ano seguinte. Isto fica claro, no gráfico que mostra as relações entre os índices de reprovações.

 

Deve-se ressaltar ainda a alta incidência de atrasos no desenvolvimento da fala, que na 2a série atinge quase 40% dos alunos e na 3a foi observada em 18%. A hiperatividade atinge cerca de 30% de todas as crianças matriculadas e a impulsividade é bastante importante, embora pareça ter sido supervalorizada na 1a série. Antecedentes de doença mental na família também é relatada em cerca de 30% dos alunos matriculados na 1a, 2a e 3a séries. Problemas de saúde materna são relatados em cerca de 40% dos alunos na 2a e 4a séries.


Perfil dos Alunos
M – Atraso no desenvolvimento motor; F – Atraso do desenvolvimento da fala; H – Hiperativo;
D – Desatento, I – Impulsivo; M – Antecedentes de Doença Mental na Família;
G – Problemas durante a gravidez.

Desenvolvimento da Identidade Social

A implantação do Contrato de Conduta Social visou apoiar o desenvolvimento da Identidade Social na Escola, que é um dos fatores importante para Inclusão Social da Criança em Idade Escolar. Pode-se considerar que essa implantação foi muito bem sucedida, pois não se observou nenhuma evasão escolar entre as crianças de risco, mas pelo contrário, constatou-se uma maior integração dessas crianças e suas famílias com a escola.

Das 22 crianças apontadas como crianças de risco pelos professores, 12 delas mostraram evidente melhoria de comportamento tanto dentro de sala de aula como nas outras atividades na escola. O nível de agressividade e de conflitos entre professores e alunos se reduziu drasticamente, principalmente nas 2a séries, que concentravam os alunos mais problemáticos. Aqui, deve-se ressaltar a importância do trabalho realizado pelos professores, não somente aqueles diretamente envolvidos com esses alunos, mas como os de outras séries que forneceram um suporte adequado de companheirismo fundamental para a estabilização dos relacionamentos aluno/professores, professores/professores e alunos/alunos.

Um fato marcante da maior inclusão escolar dos alunos é a constatação do aumento da participação dos pais nas reuniões promovidas pela escola e pela melhoria da relação entre pais e professores. As famílias passaram a valorizar mais o trabalho da escola e suas relações com o corpo docente.

Outro fato marcante da melhoria das relações sociais na escola foi a estabilidade do corpo docente durante o ano todo, de modo que nenhuma das classes experimentou uma alta rotatividade de professores como aquela observada em 2004.

 

A Educação Infantil

O trabalho na CCII Professor TAKAO IKEDA decorreu dentro das metas definidas, e mostra que a maioria (56%) das crianças apresentou um desenvolvimento desejável (AD no gráfico), e apenas 33% delas experimentou um desenvolvimento aceitável (AA no gráfico). Apenas, 10% das crianças não mostraram um desenvolvimento aceitável para a sua idade (AF no gráfico).

 

Escola Municipal Dr. Álavaro de Campos Carneiro

No Escola Dr. Álvaro também discutiu-se e iniciou-se a implementação do Contrato de Conduta Social. A ênfase nessa escola foi na discussão da mudança dos procedimentos de avaliação das crianças portadoras de distúrbios de aprendizagem.

As crianças portadoras de Distúrbios do Desenvolvimento da Linguagem enfrentam grandes dificuldades com os processos habituais de avaliação, que se apoiam fundamentalmente na leitura e escrita. Por outro lado, as crianças hiperativas ou com distúrbios da atenção encontram muitas dificuldades na realização de avaliações que exigem um concentração por um tempo maior do que aquele que essas crianças são capazes de manter. O resultado é que o professor acaba criando uma imagem negativa da criança, por não conseguir aferir o seu conhecimento real.

Realizou-se um experimento com os professores, no qual eles realizaram a prova tradicional e depois aplicaram outra avaliação dentro dos moldes preconizados no Contrato de Conduta Social. Com isso, os professores descobriram que as crianças com distúrbios de aprendizagem têm um conhecimento maior do que aquele que eles aferem através das provas tradicionais.

Estudo Eletroencefalográfico

Realizou-se uma Avaliação Cognitiva de 29 alunos, durante a qual se registrou o eletroencefalograma da criança. As crianças avaliadas dessa maneira foram indicadas pelos professores, dentre aquelas com maiores dificuldades de aprendizagem ou comportamento em sala de aula.

Os resultados iniciais dessa análise são mostrados no gráfico abaixo. Cerca de 60% das crianças mostram sinais de Atividade Rítmica Intermente Delta (ARID), como já constatado em estudo anterior na EM Etelvina Cáfaro Salustiano e CCII Professor Takao Ikeda. Cerca de 20% mostram ainda uma aumento leve da atividade delta e o restante msotra um padrão normal de EEG.

A avaliação cognitiva mostrou que 50% dessas crianças ainda estão num nível muito (Nível I) iniciail da alfabetização e do aprendizado do cálculo aritmético. As outras crianças já adquiriram uma leitura de palavras, mas a leitura de texto é práticamente ausente. Na aritmética, cerca de 30% já é capaz de realizar somas e subtrações de pequenos números, com manipulação. Apenas 14% dessas crianças são capazes de algum cálculo com multiplicação.

Ánálise do EEG ------------------------------------- Análise Cognitiva

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